terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

-             Bubaloo Sky

sometimes I need to feel alone
Quando sinto que estou sozinha, eu relaxo. É um alívio saber que eu não preciso manter a postura da garota satisfeita com o mundo. As dúvidas sempre em guerra com as respostas. E tudo o que eu preciso é de apenas um pouco de paz. Preciso sentir o sangue correr por minhas veias, a respiração preencher meus pulmões e a vida, em constante movimento dentro de mim. As vezes eu preciso fechar os olhos e acreditar que o mundo não está girando. Quebrar essa rotina que se instala como a poeira se acumulando nas frestas. Não é egoísmo, mas muitas vezes eu sinto necessidade de olhar só para o meu umbigo do que ver coisas erradas e injustas acontecendo sem eu poder ajudar. As vezes preciso ter somente consciência de mim mesmo para tentar me adaptar à adaptação. Para morrer agora e amanhã nascer novamente, melhor do que eu fui ontem. Eu preciso andar descalço, cantar as músicas que ninguém gosta além de mim, despejar minha raiva e indignação em um pedaço de papel. E levar a vida como se estivesse tudo bem, acreditando que talvez ela esteja mesmo. As vezes eu preciso olhar as nuvens mudando de forma no céu, as pequenas estrelas distantes ou escutar o barulho dos trovões ameaçadores da noite. Sentir meus dedos percorrer as teclas do piano em uma melodia ritmada, ou ler as minhas angústias antigas seladas em pedaços de papel amarelado. Preciso estar só. Porque a minha essência é uma voz que somente eu escuto, e não consigo ouvir com o barulho, com a presença de vozes estranhas no meu subconsciente. Sinto falta de ser eu mesma e sinto a minha falta sempre.

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